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Qual é o bicho de estimação mais adotado no mundo? Você deve ter pensado no cachorro. Se pensou, errou. É o peixe ornamental. Ele representa 40% dos pets no mundo. E neste planeta, os bichos de estimação são 1,6 bilhão.
O mercado é atraente e crescente, sendo que os norte-americanos dominam 50% do mercado mundial de produtos para pets. O Brasil é o segundo mercado, com 6,4%, logo à frente do Reino Unido, com 6,1%. Os dados são do Instituto Pet Brasil.
Hoje, os chineses têm a maioria dos bichos de estimação do mundo, 464 milhões. Pouco, para quem tem uma população de quase 1,4 bilhão de habitantes. Os Estados Unidos da América vêm em segundo, com uma população de pets de 259 milhões, à frente do Brasil que tem 193,3 milhões de animais de estimação.
A crise chegou para muitos setores durante a pandemia. Contudo, o setor de pets não foi afetado, cresceu, mais de 5%. E quando falamos de serviços e produtos de pets, estamos nos referindo 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 2019 o setor movimento nada mais nada menos que R$ 35,4 bilhões.
No Brasil, para se ter uma ideia do perfil dos pets, dos animais de quatro patas, os cães predominam, são uma população de 55 milhões. Os gatos são 25 milhões nos lares brasileiros. Os bichanos estão crescendo. Hoje, a adoção de gastos é maior do que cães, 57%.
Na vida em apartamentos e com a rotina urbana de trabalho, o gato parece ser o melhor adaptado. Consegue sobreviver com pouco espaço e ser um parceiro silencioso, sem deixar de estar presente e gerar afinidade e apego.
Nas redes sociais os pets ganham espaço, há uma série de sites exclusivos para quem tem seu animal de estimação. Tantos os que vendem produtos e serviços como os que ajudam a cuidar e educam na convivência entre os seres humanos e seus animais de estimação.
Segundo reportagem da Revista Exame, uma das maiores empresas de produtos e serviços no mercado de animais de estimação, a Petz, comprou o site “Cansei de Ser Gato”, especializada em conteúdos para quem tem um felino em casa.
Por que isso acontece?
Os seres humanos estão ficando cada vez mais fechados em seu próprio mundo. Na pandemia o isolamento levou muitos a buscarem nos animais domésticos um parceiro fiel e companheiro inseparável. Fora isso, os animais domésticos têm a capacidade de se apegar ao ser humano sem fazer julgamento de caráter ou gerar uma incompatibilidade de gênio.
A afetividade de um ser humano ao animal doméstico já é algo histórico, nos acompanha desde a pré-história. Transformamos nossa relação com os pets em uma construção racional ao longo do tempo. Fazemos deles uma extensão de nós. Em alguns casos, com exagero, os humanizamos.
Já foram em um passado não tão distante, importante companheiros de sobrevivência, caçadores e aliados na defesa pessoal. Ainda hoje prestam serviços vitais a segurança privada e pública. Porém, o grande feito do animal doméstico é conviver com um ser humano sem discriminá-lo. O bichinho de estimação ama seu dono da forma como ele é. O aceita.
O perfil dos seres humanos tende a ter dificuldade de convivência e manutenção de relações duradouras. A intolerância em relação as diferenças têm crescido e promovido violência. Os animais de estimação também sofrem agressão. Mas, na maioria das vezes, são pacificadores fundamentais e construtores de relações acima de conflitos marcados por desentendimentos tolos. Por isso, seus donos estão dispostos a gastar com seus pets o que for necessário. Na lógica da afetividade e do sentimento correspondido, o animal de estimação sempre merece.
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