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Apesar de hoje lembrarmos da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, ela ainda vive de ruptura. Não conseguimos estabelecer uma estabilidade do regime e vivemos a volta com medidas de mudanças constitucionais.
Nossos rompimentos dentro do período republicano são denunciados pela quantidade de constituições que foram instaladas no país. Por mais que a maioria promulgada, votadas por um congresso ou assembleia constituinte, não conseguiram se estabelecer. Os dois momentos de maior duração de uma constituição foi a primeira, promulgada em 1891 e a atual, em 1988.
A democracia tem desde 1988 a fase mais segura. Mas ainda não temos total garantia. Ainda se fala nas ruas sobre golpes e mudanças constitucionais. Tem muita gente que considera que mudando a lei se muda o ato. Acabar com um problema se dá, para uma parte das pessoas, mudando as regras.
O que precisamos é resolver nossas dívidas com o passado. Este país tem um passivo social imenso. Criou uma desigualdade ao longo de sua história. Promoveu discriminações e mantém uma violência constante com uma grande parte da população. O dia que resolvermos nossos problemas históricos, a república, a coisa pública, será realmente para todos e a democracia irá se consolidar.
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