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Pelo que tudo índica, ser pedestre não é tarefa fácil no Brasil. Em especial em cidades de médio e grande porte. A faixa de pedestres pode significar a “faixa da morte”. Os números têm apontado essa tendência de risco em caminhar pela cidade.
Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde e analisados pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que cresceu 13% o número de pessoas que foram atropeladas no país, jovens em especial.
Segundo a Abramet, os números demonstram que há para os pedestres maior insegurança nas ruas. E isso está relacionado tanto com o comportamento do pedestre como com os riscos que ele encontra em seu caminho.
Especialistas como Flávio Adura, diretor científico da Abramet, o fim da pandemia aumento o número de pessoas nas ruas. Segundo ele, muitas delas estão se tratando com medicamentos que tem efeitos colaterais e prejudicam os reflexos.
Mas, segundo os especialistas não é só isso, temos um maior número de moto-entregas nas ruas. Este tipo de serviço demonstra um comportamento agressivo dos motociclistas nas vias públicas. O número de motocicletas atropelando pedestres cresceu.
Outro fator, o qual considero relevante, está no uso de celular por pedestres. Isso mesmo, pessoas caminhando e usando o celular. Elas se distraem. Perdem a noção de onde estão, e se tornam potenciais vítimas de atropelamento.
Mas, a tudo isso, vamos colocar um outro ingrediente. As cidades estão se tornando um ambiente de congestionamento de veículos de transporte individual motorizado. Cresce o número de automóveis e motocicletas.
A pressão exercita por proprietários de veículos automotores aos gestores públicos, sedentos por manterem seus interesses políticos, os fazem sempre arrumar uma forma de remediar e não resolver a questão da mobilidade urbana. As cidades têm uma logística urbana favorável ao automóvel
Se queremos salvar vidas de verdade nas vias públicas nós temos que ter políticas que preservem as pessoas, os pedestres. No Código Nacional de Trânsito, ironicamente, eles são os mais frágeis e devem ser protegidos pelos demais agentes, ou seja, a vida em primeiro lugar. Porém, não é bem isso que acontece.
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