No Brasil há uma tradição da relação do Estado com empresas. A submissão do poder aos interesses de grandes empresas que ascenderam utilizando uma velha relação com o Estado. O acordo selado do representante público e empresários que permite a manipulação de recursos públicos em benefício de empresas privadas.

A ascensão de homens público ao poder está relacionada diretamente a esta possibilidade. A consolidação de determinados personagens no poder se vincula aos “favores” e benesses que permitem a empreendimentos de terem ganhos abusivos. Os lucros são obtidos com superfaturamento de produtos e serviços que o poder público necessita e são oferecidos pela iniciativa privada.

Desde a constituição do administração colonial no Brasil, o poder público arregimenta nas fileiras dos mais próximos uma garantia de utilizar o patrimônio público para interesses particulares. O nepotismo, favorecimento de parentes dentro do poder, é um exemplo comum. Não por acaso homens público se transformam e sócios de empreendimentos ou acabam fundando uma ou mais empresas aproveitando-se de sua função pública.

O que Weber denomina da forma de “se fazer” no poder. Aquele político que constrói seu patrimônio pessoal enquanto tem um período de mandato em um cargo na administração pública. Um acordo que tem complexidades. O país é construído em torno de infraestruturas públicas e seus gastos de grande monta. O poder público é o maior empregador, consumidor de produtos e serviços do país. 

Ter o poder público como cliente é a principal fonte de sustentação de muitas empresas. Mas isso não ocorre de forma clara, fundada na eficiência, qualidade e preço de produtos e serviços. Muitas vezes nem se quer a população tem o desfrute do que foi comprado ou é atendida pela aquisição.

A falta de confiabilidade no poder e a relação de manipulação que o poder gera lhe garante autoridade e obediência. O poder do poder intervir em nossas vidas é a condição que consolida sua força e respeito, mas também os efeitos do que é mal feito. No Brasil esta condição é sensível.