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Os bons e os maus se revelam na crise

São naqueles momentos mais difíceis que você sabe com quem está lidando. Nos atos e nas intenções se denunciam os verdadeiros preocupados com a saúde pública e o bem-estar coletivo, mas também os canalhas aproveitadores momentâneos e os despreparados que se julgam em tempos de bonança os seres supremos. Os fracos berram na estabilidade e choram na instabilidade. 

Por isso, nestes tempos em que estamos falando de pandemia, coronavírus ou Covid-19, eu gostaria de falar dos quem realmente merece o nosso respeito e quem nos trata com desrespeito. A vida é neste momento o bem mais importante. Preservá-la é a demonstração de maturidade e consciência. Não por acaso, muitos em seu espaço, na dimensão que ele tenha, demonstram esta prática.

Fiquei sabendo esta semana de um homem que se colocou à disposição para fazer compras para as pessoas com mais idade no condomínio de um edifício. Também de governos que estão a procura de empresas que possam fornecer álcool em gel a preço de custo neste momento de crise. Acabei de receber mensagens de empresas que estão disponibilizando cursos e serviços através da internet e TV para as pessoas que vão ficar em casa. Até uma consultoria que dará curso de educação financeira online de graça para quem quer administrar a crise.

Enquanto isso, ir ao supermercado é se deparar com os alucinados comprando tudo o que podem e gerando um desabastecimento desnecessário. Estão acumulando álcool comum, estes de limpeza. Compra-se tudo e se corre à frente de quem está comprando. Às vezes a miséria se expande pela prática do miserável. Em uma reportagem de Luciana Peña, o Procon encontrou máscaras cirúrgicas sendo vendidas a mais de R$ 150,00 a caixa, enquanto o preço normal gira em torno de R$ 5,00. 

Por isso, temos que ter em mente que esta crise vai passar. Vamos aprender muito com ela. Mas a maior lição será conhecer as pessoas e as empresas. Saber quem se preocupa com as pessoas em quem está preocupado com a mesquinhez de suas intenções pobres. Isto vale para observarmos os nossos vizinhos, as pessoas a nossa volta, empresários e homens públicos. E tomara que possamos mudar para melhor depois que a pandemia passar. Se isso acontecer, nós vamos criar resistência não só ao coronavírus, mas também a algumas “doenças” e “doentes sociais”

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