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As vezes queremos mudar nossos hábitos, mas fazemos as mesmas coisas sempre. Acredito que não deva dar certo uma mudança que fique só no pensamento. Uns falam que é a força do hábito. Porém, este mesmo hábito esconde uma origem que nos faz compreender melhor o porquê estamos presos a ele.
É como aquele que viveu muitas frustrações amorosas e deseja conhecer uma pessoa diferente. Contudo, acaba tendo os mesmos problemas com a nova relação que já tinha com as anteriores. O problema não está em nossos hábitos. Por praticá-los, não conseguimos perceber possibilidades diferentes e repetimos os erros.
Ir ao trabalho seguindo o mesmo trajeto é estar sempre se deparando com as mesmas coisas. Desta forma, nossa visão da cidade, nossa compreensão das pessoas distante dos nossos círculos sociais mais próximos, são sempre as mesmas. Não porque não há nada diferente, é que sempre estamos diante das mesmas coisas.
Por isso, as vezes queremos mudar, mas fazemos inconscientemente as mesmas escolhas. Reproduzimos os mesmos gestos e fazemos os mesmos trajetos. Será difícil mudar de fato com esta prática. Mas, onde está a origem de tudo isso? Esta é a questão.
Em algum momento consolidamos dentro de nós uma certeza sobre um temor que desafia nossa consciência. Tememos o desconhecido ou aquilo que pode colocar em xeque todas as nossas crenças, ou parte delas. Quando começamos a mexer mais, vamos nos deparando que a mudança está relacionada diretamente ao sentido de nossa existência e a se conhecer. E este é um caminho sem volta.
Não por acaso, muitos preferem continuar perseguindo o próprio rabo, ter o sentimento de busca, de mudança, sem sair do lugar. Hoje uma sensação de movimento sem sair do lugar é o mundo digital e suas multiplicas escolhas que nos envolve cotidianamente. Esta sensação de angústia que não nos tira do lugar.
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