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Um grande número de pessoas não respeitam as medidas restritivas de isolamento e distanciamento social. Em várias cidades do Paraná há trabalho por parte do poder público para controlar os excessos.
Quem disse que o inimigo é aquele que se encontra no culto da violência diária, o bandido descrito nas páginas ou setor policial dos meios de comunicação? O inimigo mais perigoso é íntimo, espelho nosso do dia a dia. Um ser considerado normal, como nós, que frequenta os mesmos ambientes.
Neste período em que poderes públicos municipais tem pedido constantemente a obediência aos decretos, alguns até estaduais, como o uso de máscaras, é fácil perceber as pessoas que são resistentes. O cidadão comum. O ser humano que passaria despercebido em tempos de normalidade.
Por que lhe falta maturidade para aceitar as medidas necessárias para a proteção da sociedade? A resposta está na construção de um ser ensimesmado, fechado em torno de sua própria vontade e interesse. O ser molecular, senhor de um “universo próprio”. Lapidado pela nossa retórica da particularidade. Não vê ninguém além dele mesmo e o que vê é sempre o que lhe convém.
Se estamos espantados pela falta de respeito que alguns demonstram diante da pandemia tendo um comportamento de desprezo pela dor alheia e prevenção é porque não observamos com mais atenção nos tempos de normalidade o que o mesmo ser anuncia com seus atos. O debochado e irônico, machista e abusado, violento e impositor é idolatrado. Não é solidário, é cão de guarda. Serve para a guerra e não para a cooperação.
Quando estamos em guerra com outros seres humanos, precisamos destes cães valentes, impiedosos e exterminadores. Fundamental ter no combate ao inimigo, quando este é outro ser humano, um perfil agressivo. Mas diante de uma pandemia em que se precisa de respeito a vida e preservação da paz, o cão de guerra para nada serve. Ele piora a situação e está a procura de suas vítimas, via de regra, quem deveria defender.
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