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É manhã, a mãe acorda, prepara o café para a família. Hora de todos irem ao compromisso do dia, seja o trabalho ou a escola. Entre os que tinham que despertar e estar atento a mesa era o filho da família, de oito anos.
A mãe vai ao quarto da criança, tenta acordá-lo, mas ele não responde. A mãe se apavora, o filho parece estar desmaiado, mas ela não sabe o que está realmente acontecendo. Pode ser algo grave? Como saber? Desesperada ela chama o SAMU.
A emergência chega, atende o garoto e logo detecta que é fingimento. Isso mesmo, o menino simulou um desmaio para não ir a aula. Incrível não?
A cena é cômica? Sim, por um lado. Por outro desperta o lado trágico. A mobilização de uma equipe de emergência que poderia estar atendendo outro chamado. A mãe, desesperada, preocupada com o filho. Todos enganados.
Mas, há mais engano por aí. O de uma sociedade que tem na escola um castigo. Um lugar detestável ao ponto de uma criança simular estar passando mal para não cumprir o destino diário.
A educação não faz bem para o garoto. E ele não é um caso isolado.
Você já imaginou quantos que estão vivendo o mesmo dilema. Na “cabeça” de quantas crianças já passou a vontade de fingir-se de morto para não ter que ir para a escola? A lista é grande.
O bastante para demonstrar que há algo de errado na escola e na vida das pessoas em relação ao conhecimento. Educação é castigo? O imediato é o mais importante? O agora ganhou conotações de relevância porque o conhecimento perdeu sentido com a realidade.
Logo, a criança finge ficar doente para não ter que estudar, ir à escola. A ambulância do SAMU atende ao caso que é um alarme falso. Contudo, a situação da educação brasileira precisa de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
Tem alguém morrendo sim, e é a educação, a importância da ciência e a perda de consciência.
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