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Durkheim, Marx e a questão do Estado

O pensamento social tem uma relação direta com a política. Mesmo pensadores como Comte, que consideravam a necessidade de uma neutralidade por parte daquele que analisaria a sociedade. Uma neutralidade em relação ao objeto de investigação. O pensador francês acreditava que seria necessária uma positivação da política, para agir de forma racional e fundada nos mesmos critérios das ciências naturais.

A política não se positivou como Comte considerava. O estruturalismo de Durkheim busca resgatar o papel da eficiência do Estado na gestão da sociedade. Agir para buscar resolver as questões que envolvem a vida em sociedade. O Estado como regulador da ordem social. Não da maneira objetiva que seu antecessor Comte, estabelecia, mas de forma mais complexa, entendendo o Estado em sua relação de forças com a sociedade.

Porém, fundamental, é que Durkheim considera que o Estado é um ordenador social. Ele deve intervir como agente de equilíbrio e manutenção da ordem e das mudanças necessárias para o corpo social. Sem isso, não há como se manter o funcionamento da condição vital da sociedade. Há uma solidariedade de maior relevância e isto deve ser mantido.

As mudanças sociais fazem parte daquilo que a sociedade age e reage para seu funcionamento ou que surgem como ameaça dentro do corpo social formado pelas diversas instituições e suas funções. Desta forma, o papel do Estado é garantir as regulações necessárias para a eficiência da vida social. Estimulando mudanças necessárias e combatendo o que pode ser pernicioso para a “saúde” social.

Marx tem uma visão diferente, o princípio da análise de Marx se sustenta nas relações de produção da vida material. Desta forma, o determinante na ação do Estado é a manutenção das relações de produção que em uma sociedade de classes favorece quem tem o domínio sobre os meios de produção.

Logo, o Estado representa a classe dominante e age para a manutenção de seus interesses. Todas as instituições sociais estão sujeitas a esta condição econômica e histórica. A ascensão da burguesia, como classe dominante no capitalismo, foi a consolidação do Estado liberal. Aquele que implanta uma igualdade jurídica, mas legitima a propriedade privada sobre os meios de produção.

O domínio sobre os meios de produção passa a ser determinante para as ações do Estado que está sujeita a esta condição. Logo, a desigualdade se sustenta não nas normas, nas leis, na legitimidade constitucional da cidadania, mas na propriedade privada. A qual a burguesia se coloca como classe favorecida dentro das relações sociais.

Veja o vídeo sobre o tema:

 

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