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Esta semana começo uma série de entrevistas para falar sobre a Independência do Brasil. Mais que o fato histórico que celebra seus 200 anos esta semana, falar da formação de um país pouco conhecido para os brasileiros. Afinal são dois séculos da construção oficial da nação através da constituição do Estado. Por isso, sempre é bom lembrar que o Estrado Brasileiro nasceu primeiro que o povo.
O sentimento patriótico de pertencimento a uma unidade de sentimentos não estava aqui quando o filho do rei de Portuga assumiu o trono e fundou a independência. Arrebatou para si aquilo que o pai D’João VI já havia iniciado, a construção do Estado. O rei fujão, mas um grande estadista, abriu os portos brasileiros em 1808, rompeu com a colonização e iniciou a demarcação do território.
Quantas revoltas antecederam e ocorreram após a chegada do rei português transferindo sua corte para o Brasil. Nenhuma delas foi uma expressão do sentimento nacional de unidade que abarcava todo o território e com isso aqueles que viviam do “norte a sul do Brasil”. A então colônia portuguesa, até 1808, e depois disso, até a emergência de D’Pedro II, era uma colcha de retalhos que precisa de costura forte para se manter unida.
Inúmeros foram os movimentos que tentaram romper a unidade da colônia e a dependência colonizadora portuguesa. O regionalismo é em nós ainda uma marca. Se no passado fácil de notar, hoje em dia encoberta por um nacionalismo ufanista que se nega a reconhecer a realidade formadora da nação.
Não faremos do Brasil um país melhor sem conhecê-lo. Não vamos fazer mudanças necessárias sem saber o que é realmente necessário. Ainda resiste um olhar deturpado sobre a nação. Homenageio aqui alguns professores da área de humanas que lutam por demonstrar a realidade brasileira. Lamento os que tentam camuflar a verdade da nação.
Duzentos anos é um bom tempo, mas a pátria ainda é jovem e precisa amadurecer. Ela ainda é pouco democrática, necessita ser mais tolerante. O povo brasileiro deve perceber que suas diferenças são um traço de sua união e que isso não significa forja um país padronizado, mas ser uma nação para todos.
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