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A política é marcada apela demagogia. O representante público eleito por seu capital eleitoral vomita demagogias esperadas para colher cédulas necessárias a sua manutenção no poder. Não há espaço para a sinceridade quando a busca de ser eleito não envolve a lógica racional e sim a tradição afetiva carregada de valores de crença sem comprovação.
O governante de hoje usa a mesma lógica do governante do passado para receber a aprovação da massa. Ser um escolhido, um mito, o filho pobre que ascendeu ao poder, o fardado que purifica e o operário que ascende sem diploma e é diplomado.
Na lógica aparentemente oposta, a demagogia une na simbologia os aparentes inimigos. A retórica do “perseguido pelos inimigos do povo” ou “pela imprensa golpista ou comunista”, dependendo do contexto e do interesse.
Ser vítima do contexto e não protagonista de sua condição é outra retórica comum. Vargas já deixava claro em sua “Carta Testamento” ao se auto santificar, sair da vida para entrar na história, entregar seu sangue para as “aves de rapina” para que não suguem o sangue do povo. Se você não leu a Carta Testamento, leia. Encontrará semelhanças no discurso do messias escolhido no que se dizia pai dos pobres.
Quantos heróis nossos, aprendidos nos bancos de escola, foram uma construção do nacionalismo deturpado e recheado de santos e mártires. Na verdade, não eram nada disso, são seres humanos comuns, como qualquer um de nós. Porque a sociedade, a economia e a política são feitas de pessoas. Não se constrói a história com mitos e sim com mentes e ações de seres comuns. Quando descobrirmos isto, estaremos mais próximos da liberdade.
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