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A boa e má educação de todos os dias

Quantas vezes ofendemos, somos mal educados? Com pessoas que nem conhecemos despejamos nossas raivas, com razão ou não. Um rapaz ou uma moça no Serviço de Atendimento de Alguma (SAC) de alguma empresa, com o telefone em punho, despejamos o excesso em forma de ofensa. No trânsito quase todos nós que temos uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) já cometemos erros e fomos agressivos em gestos e falas com outras pessoas. 

Porém, as principais vítimas de nossas iras são em regra quem convivemos mais de perto. No trabalho ou com a família as relações se estreitam e se estremecem na mesma proporção.  São estas pessoas que acabam por sentir nossos excessos de má educação. Magoamos quem menos queremos e também somos magoados. Até aqui não falei nada que seja humano e os atos desumanos.

Vamos continuar errando e vão continuar errando com a gente. Infelizmente, por mais que algum dia juramos nunca mais fazer algo de mal para alguém ou ser deselegante, agressivo, machucar, estamos em uma busca e não diante da certeza. Há alguns poucos iluminados e admirados, as vezes considerados bobos e tolos, que chegaram a esta condição. Ela é possível.

A primeira coisa a ser feita é aceitarmos nossa imperfeição. Esvaziar o copo, como alguns falam. Te a humildade de admitir que não se nasce perfeito. Não somos o centro do universo e nem temos resposta para tudo. Vivemos a maior parte do tempo justificando nossos atos do que admitindo que as consequências deles são nossa responsabilidade.

A segunda coisa a ser feita é ter clara as nossas intenções. Sim, para agir em busca do bem há que se admitir que há uma má intenção que precisa ser rompida. Não nos transformarmos em senhores do mundo onde nossa lógica é consideração sobre tudo e todos. Ela não é perfeita, verdadeira e universal. Há quem pense diferente de nós e tem todo o direito disso e a isso.

E por fim ame da maneira certa. O amor é mais e diferente das frases bombásticas da paixão pelo outro, do sentimento de afeto e proteção que temos pelos filhos. É saber que vale lembrar de nossos limites ao lidar com o que e quem convivemos. Entender que a felicidade pode estar em compreender o porquê da lógica de alguém. Mesmo que este alguém nos ofende.

 Isto não é profecia ou pregação. É apenas uma forma de entender nossa imperfeição. Se queremos amadurecer é com as frustrações que teremos a maioria do aprendizado e não com a concordância que gera tantos egoístas. Temos que falar o que é necessário mas na exata medida do que o necessário exige. E muitas vezes, não somos o melhor ou a mais perfeita medida para avaliar as ofensas que nos são feita. Por isso, há a ética de todos e não as regras de cada um que quase sempre levam a “justiça com as próprias mãos” .

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