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Temos uma grande oportunidade de retomarmos a economia, recuperarmos a saúde financeira, e principalmente não agirmos da forma que éramos antes da pandemia. Há um ambiente para a introdução de inovações nas relações cotidianas e uma revisão do que são os interesses da cidade para o futuro.
O que estamos vivendo diante da pandemia nos dá um sinal de alerta sobre nossos principais problemas. A desigualdade de condições entre as pessoas que puderam enfrentar o isolamento social com mais tranquilidade e quem não pode não pode sair da nossa memória.
Somos uma sociedade com uma desigualdade econômica extrema e isso faz mal. Não é uma questão de ideologia e sim de doença da vida em coletividade. Estamos construíndo um fosso entre os brasileiros que pode nos custar muito caro. Mesmo agora diante da busca de uma recuperação econômica a fragilidade estrutural em que a desigualdade de renda, formação, estrutura de saneamento e segurança serão vitais.
Uma percentual da sociedade terá como se recuperar rapidamente e gerar renda através de ações de empreendimento e retorno ao mercado de trabalho. Inclusive há uma parcela dos trabalhadores qualificados que encontraram oportunidades neste período de pandemia. Estão prontos para a recuperação.
Grande parte da força de trabalho tem baixa produtividade e depende de assistência pública para continuar se mantendo. Esta população continuará dependente de ajuda governamental por um bom tempo. Não podemos que uma parte considerável de brasileiros necessitam de ajuda emergencial que ainda tem parcelas sendo pagas. E vão permanecer por um bom tempo.
Infelizmente, a miopia de grande parte da população sobre uma proposta de sociedade ainda vive na retórica imbecilizada e fossilizada da guerra ideológica entre capitalismo e comunismo. Considera que falar da sociedade e de suas mazelas é defender uma proposta de esquerda. Mesmo neste momento fica evidenciada mais uma de nossas pobrezas e deficiências, a educação. Combater os tolos que acreditam em contos de fadas e teorias da conspiração.
Por isso, há muito a ser feito. Mais do que nos recuperarmos, precisamos mudar o que sempre nos fez mal.
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