O que somos neste mundo?

Um passo à mais.

Precisamos fazer mais. Mesmo que já tenhamos feito tanto, é preciso um passo à mais. Cada caminhar, por mais que seja fatigado, eleva a nossa condição e nos tira do lugar onde estamos. Não podemos desanimar. Não devemos fazer isso pelos outros apenas, mas pelo que significamos a nós diante dos outros. 

Somos uma expressão de mundo que serve para quem nos acompanha como medida. De certa maneira, tudo o que vivemos recai sobre a condição de quem nos é próximo. Não estamos sós. 

Mesmo em nosso pensamento mais íntimo, outros fazem parte. Seja por interesse, seja por ilusão, seja por desejo ou sedução. Há também a presença dos outros por ódio, vingança e desilusão. Os outros estão em nós. 

Não é ser escravo do outro, mas ajudá-lo a se libertar.

Não exalto aqui a vontade dos outros sobre nós. Não falo de agirmos para agradar o alheio, mas para podermos mudar, procurar o caminho justo. Desta forma, nos é necessário o “justo meio”. A maneira pela qual nos expressamos neste mundo. 

A vaidade nos estimula a nos engrandecermos diante dos demais. Porém, a forma mais justa, o meio mais sereno e elevado está na valorização das pessoas e da necessidade de gerarmos oportunidades para quem nos acompanha. 

Temos que ter condições para que a vida se realize à todos. Para isso, não precisamos ser escravos das realizações alheias. Precisamos apenas respeitar o próximo e fazer de nossos atos meios e oportunidades dignas, possíveis aos demais.

Somos um ser no mundo, e o que construímos de nossa existência através de nossos atos é resposta ao que vivemos. Logo, a cada ato se responde ao que o mundo faz com você. Saiba responder a este mundo como solução e não alimente mais os problemas.