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Ontem ocorreram manifestações em frente a quartéis e batalhões. Os manifestantes, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, pediam intervenção militar. Não aceitam o resultado das urnas e consideram que o país precisa de uma ação inconstitucional.
Será que as pessoas têm dimensão do real preço de uma intervenção militar?
A nossa história está recheada de militarismo e intervencionismo da farda na vida pública e não se demonstrou um sucesso ao longo do tempo. O país não conseguiu resolver seus principais problemas por causa disso. Vale insistir no erro?
A liberdade tem que ser sólida o bastante para se manter sem sair das regras constitucionais e das leis que legitima a democracia.
Ser um liberal é respeitar a lei, é agir dentro dela e saber que não se ganha sempre, mas que não se cala nunca. Contudo, sem jamais querer mudar a regra do jogo para ser beneficiado.
Winston Churchill, primeiro-ministro inglês, durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) considerava que a democracia não é boa, mas entre todas as formas de governo era a menos ruim.
Logo, temos que aprender a aprimorá-la e não a destruir. Mudar as regras do jogo quando não ganhamos, considerar que nada pode permanecer se o resultado não for o esperado.
Quando vamos amadurecer? Quando vamos deixar de ser cabeças-duras para agirmos de forma madura e construir a possibilidade e a solução em vez de destruir a condição que a gera.
Queremos tanto ser grandes e nos falta maturidade.
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