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Ser professor é a arte de aprender ensinando, de fazer da ciência um instrumento de compreensão da realidade. Demonstrar o potencial do ser humano em ir além usando todo o poder da razão diante do mundo. Logo, ser professor não é para qualquer um.
Contudo, há muitos que optam pela profissão porque não conseguem sucesso em outras carreiras, sim, tem muitos que são professores pela “UTI”, a última tentativa do indivíduo.
O professor é elogiado e, na prática, pouco valorizado. Há quem admire o docente, por mais que a maioria dos alunos não tenha interesse na profissão. Ou seja, “ser professor, não!”
Dois terços dos alunos admiram professores, guardam uma experiência positiva em relação à docência, contudo, na mesma proporção, 7 em cada 10, não querem ser professor.
Se perguntar o porquê, a resposta será a baixa remuneração e falta de respeito à profissão.
Não por acaso, apenas dois em cada cinco alunos estão em cursos de licenciatura, aqueles que preparam profissionais para a docência. Os dados são da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Porém, vale a pena lembrar, nem todos que têm o título de professor o são, ser um explicador é coisa rara e uma construção do tempo.
Depois de mais de 34 anos na profissão, considero que os melhores são os que geram dúvidas e menos certezas. O bom professor é uma inspiração socrática, vão do senso comum ao conhecimento.
Saber questionar a realidade e construir na especulação do mundo, com critérios, um saber necessário faz de alguém um professor. Um bom professor é condição para formar pesquisadores da vida e pessoas com senso de análise e crítica.
Professores formam seres humanos e não robôs. Ensinar é demonstrar a dimensão do ser humano diante de um universo a ser descoberto. Professor deve ser a porta para o mundo e romper com as paisagens prontas de um mundo aparente.
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