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Somos um ser político. Nossa vida é marcada pela busca de atender nossos interesses ou de outros. Usamos de nossas forças e manipulamos aquelas que estão a nossa volta. Tentamos criar uma forma de atingirmos o objetivo na proporção do que manipulamos socialmente. E isso, é da nossa natureza. Praticamos desde a infância.
Na primeira idade, usamos das armas que temos para persuadir os pais, e eles, fazem seu jogo de forças para se impor sobre os filhos. O poder econômico dos provedores domésticos é argumento fundamental na busca de manter seus interesses e garantir o controle sobre a coletividade familiar.
Não é diferente na política que se estabeleceu em torno do Estado. O homem público apenas usa de suas estratégias na busca de seus interesses. Ele manipulará as forças necessárias para atender aquilo que considera o fundamento de sua permanência no poder, as forças que o sustentam.
Muito do que nos garante os interesses não depende só de nós. Outros contribuem para que possamos atingir aquilo que consideramos necessário. Logo, não podemos contar apenas com o que dominamos, há outros domínios que necessitamos nos associar. Assim como o homem público, manipulamos, nos aliamos, rompemos e combatemos.
Por que é importante entender a política nesta dimensão ampla? Um dado importante, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística é que o número de jovens que se interessam pela política cresce. Inclusive uma campanha feita pelo Tribunal Superior Eleitora na internet estimulou jovens de 16 e 17 anos a tirarem o título de eleitor e participar da escolha dos representantes públicos. Isto é um bom sinal. Mas, sempre há um “mas”, ainda é pequeno o número de eleitores nesta faixa de idade.
No Paraná são 310 mil indivíduos com 16 ou 17 anos. Destes, 54.796 tiraram o título de eleitor, o que representa 17,6% da população. O número pode crescer na proporção em que nos conscientizamos que a política é ato constante. Desmistificamos a imagem preconceituosa da prática política de atos de homens públicos quando percebemos que a política não se traduz no ato ilícito de quem faz carreira na vida pública.
Se queremos renovar lideranças e construir uma política “saudável”, é bom estimular o entendimento de que a política está em nossa natureza e ela é vital para podermos alcançar nossos interesses.
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