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Você considera que existem políticos honestos e que eles caminham pelas ruas, estão misturados aos outros em tempo de eleição e apenas não conseguimos identificá-los em um primeiro olhar? Sinto te dizer, mas há um engano. A política é a arte da demagogia. Dizer aquilo que se espera do homem público não é dizer a verdade e sim o que se quer ouvir.
Parte considerável do que gostamos de escutar não condiz com a realidade à nossa volta e sim com nossas emoções e expectativas. Gostamos da concordância e não dá verdade.
Logo, o que procuramos é um homem público que se candidate e fale uma mentira convincente. Queremos a validação de uma lógica absurda e que soe bem nos nossos ouvidos e alegre diante dos nossos olhos. Enfim, amamos a demagogia, desejamos a enganação.
A demagogia faz parte da política. Se aproximar das pessoas e ter delas apoio para uma candidatura implica em ato de manipular as emoções, criar ambiente de afeto e desafeto. E vou avisando, fazer isso não é para qualquer um. O preparo para ser homem público exige, naqueles que são os melhores, uma vocação aliada a uma devoção.
Porém, não há que se sentir em um tempo diferente, apenas aprimorado. Desde a antiguidade clássica, na Grécia Antiga, Atenas, para ser mais específico, a demagogia já se apresentava como uma arte. Não por acaso, os sofistas eram professores do convencimento, da retórica e da lógica para convencer, seduzir os cidadãos eleitores.
Agora vivemos um ambiente mais amplo, tecnicamente mais eficiente, mas continuamos com a intenção. A política ainda é a arte da dos conflitos em que aqueles que se colocam à disposição de representar o cidadão também “representam” na hora de se apresentar.
Por isso, a honestidade não faz o político, ao contrário, o tira da cena. Desabilita sua prática vitoriosa e o coloca ao sabor da derrota. Por mais que, em regra, todos declarem serem honestos.
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