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Julgar as pessoas pela aparência, se condena e se faz. Todo mundo considera a afirmação um erro, porém, em grande parte se pratica. Se faz de critério o que se vê e não a essência. Muito desta tendência faz parte da sociedade que vende a felicidade.
Sim, isto mesmo, esta sociedade vende a felicidade. Enlatada, exposta nas prateleiras de mercado, o sentimento que sempre foi uma busca e conquista rara pode até estar em dia de “desconto”.
A mídia publicitária e sua mensagem clara, oferece cotidianamente o “elixir” da felicidade. Com frases bombásticas afirma mudar a sua vida e fazê-la se dividida antes e depois da aquisição. Compre e nunca mais será a mesma pessoa.
Nos debates sobre a lógica do que se consome se afirma, o que você veste fala muito sobre você. A roupa que você usa pode ser o seu melhor argumento. A casa onde você mora trará consigo a felicidade para a sua família.
O que não se fala, mas se educa de maneira eficiente se precisar declarar, é que a compra da felicidade é uma condição permanente. Deverá ser praticada a todo o instante, não se pode deixar a sensação de realização escorrer pelos dedos.
Logo, a compra da felicidade é um vício. Constante e vital. Somos mais cientes da condição de consumidores do que de nossa identidade quando está envolvido, para muitos, o sentido de viver.
Não podemos resumir a vida há uma eterna coleção de objetos e compras afetivas que anestesiam a ausência de um sentido lógico e intenso para nossas vidas. Vida é descoberta de si mesmo na relação com outras pessoas. Sem isso, só há anestesia sem a garantia de que o sabor da felicidade que sentimos é verdadeira.
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