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Depois de mais de 20 anos o pedágio nas rodovias do chamado anel de integração termina. Neste final de semana se encerram os contratos e as rodovias passam a ter suas praças de pedágio liberadas. Foram 24 anos de críticas constantes aos contratos efetuados entre o Governo do Estado e as empresas que detinham as concessões.
Campanhas eleitorais foram feitas com a promessa de baixar o preço e até mesmo de encerrar os contratos, o que nunca se viabilizou. As brigas judiciais, hoje se tem claro, eram alegorias, pirotecnias que geravam expectativas na população sem nunca se realizar. Fora isso, obras inacabadas e relações obscuras.
As empresas concessionárias, por sua vez, movimentaram economias locais. Geraram empregos e impostos para municípios onde se instalaram. Mudaram o aspecto das rodovias estaduais e federais onde a concessão se instalou. Falar mal é fácil neste momento, porém, temos que reconhecer que as condições das rodovias administradas pelo poder público têm histórico de caos neste país. Ilusão não lembrar de como as rodovias eram antes do pedágio.
Esperamos que este período de aproximadamente um ano em que as rodovias serão administradas pelo poder público não nos faça sentir saudade do pedágio. E, quando a nova concessão vier, não tenhamos que lamentar que pouca coisa mudou nos preços do pedágio que está se encerrando neste fim de semana.
Meu maior temor, confesso, é que o futuro nos reserve uma lição amarga. Aprender o quanto as demagogias e espoliações feitas na surdina durante estes mais de vinte anos se mantenha. Que venham as demagogias dos homens públicos se lançando contra empresas de pedágios e falando de ações judiciais que nunca se resolvem. Enfim, que tenhamos mais do mesmo.
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