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O vírus do poder é ainda um perigo real e constante

Pixabay

Como estamos vendo a Covid-19 é um palanque para muitos homens públicos. Ela se torna uma possibilidade de destaque na busca de aumentar o capital político. O preço pode ser caro para maioria da população. As tomadas de decisões dos representantes públicos envolve uma consolidação de sua autoridade e imagem que se consolida ou desmancha em meio ao número crescente de conflitos que as medidas tomadas pelos chefes do executivo e parlamentares angaria.

Basta uma passagem de olhos nas discussões das redes sociais para perceber a miopia que toma conta dos posicionamentos das pessoas diante da crise de pandemia que estamos vivendo. Uma luta por entender para alguns, os que têm dúvidas, estes são os melhores, e a irritação dos que se colocam com certezas, quase sempre os que estão enganados. Neste mar de incertezas e certezas enganosas é que se busca destaque. Um risco para todos nós.

A racionalidade das medidas devem estar pautadas no “caminho do meio” e não nas radicalizações. Deve ser sempre alimentada pelas dúvidas e não pelas certezas irresponsáveis. Afirmações estéticas da verdade não enganam os mais atentos. A fala modelada em líderes proféticos que conseguem diante do caos deslumbrar o amanhã com uma aparente veracidade deve ser evitada. Mas com tanta insegurança é quase sempre o que consegue o maior número de adeptos. Nos falta informação.

Politizar a crise não pode ser evitado. Seria ingenuidade considerar que apenas o objetivo em prol do bem comum pode orientar a ação de todos. Em especial daqueles que sabem que está em jogo suas pretensões e futuro político. Na máxima de Maquiavel está uma avaliação prudente. A principal função de quem tem o poder é manter-se. Logo, tudo vale para se sustentar no mado. O quanto vamos pagar por isso? Esta é uma boa pergunta.

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