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O terrível direito de escolher

A democracia é o pior governo, com exceção de todos as demais formas. Esta afirmação é atribuída a Winston Churchill.  O ex-primeiro ministro britânico que dirigiu seu país em um dos piores momentos da história, a Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) tem sua razão. A questão mais rude de democracia e sua maior beleza repousa na escolha. A liberdade pesa.

O peso é proporcional a consciência das escolhas que fazemos e a responsabilidade que temos em cada escolha feita. Ao fazermos uma opção, abraçamos com ela todas as consequências. Porque as escolhas têm consequências.

Os melhores seres humanos e os que se adaptam melhor a esta forma de governo, são aqueles que têm ciência da consequência das suas escolhas. Conhecem o ambiente e as relações onde as escolhas são feitas. Logo, a liberdade não é para qualquer um. 

Não podemos deixar de admitir que a responsabilidade pela liberdade repousa na maturidade e consciência da função que se exerce. Expressamos nossos valores e capacidade nos atos. Nossa precariedade também fica evidente. 

Se abominamos nossas escolhas na democracia, se criticamos o escolhido, logo, estamos diante do resultado de nossos atos, da obra que ajudamos a construir. Ao ofender aquele que governa e lhe apontar todos os problemas de conduta, estamos apontando o dedo para nós mesmos e de forma democrática e amarga estamos diante de nossos limites. Por isso, muitos preferem que alguém escolha por ele. Um ato infantil para quem não suporta a liberdade ou tem suas consequências. 


 

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