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A vida é agora. Uma frase comum e que encanta muita gente. Vivemos para satisfazer o imediato, raramente se pensa nas consequências de nossos atos e o quanto o gosto do presente pode ser um desgosto com o tempo.
A exaltação do que está à nossa volta como “solução final” de consumo é constante. O apelo para realizar o mais ínfimo desejo nos atormenta o tempo todo. O prazer de se ter uma sensação intensa de prazer, por mais que de curta duração vale mais que a construção lenta e constante de uma estabilidade emocional.
Uma pesquisa da gestora de recursos, a BlacRock, mostra que 61% dos brasileiros têm como prioridade a qualidade de vida hoje. Em segundo lugar, com 55%, ficou a preocupação com a qualidade das férias e em terceiro, com 48%, manter o padrão de vida ao longo do tempo.
Não por acaso, sofremos em tempo de pandemia e temos um alto índice de ansiedade. Estamos jogando no imediato e desejamos respostas que venham agora. Nos colocamos no desespero do tempo curto e esquecemos que soluções duradouras são construções de longa data. Solidez se faz com o tempo.
Nosso problema com o presente é não ter percebido quando o passado já foi a condição de construir o que estamos vivendo hoje. Assim será com o futuro que se faz a cada dia. Estamos nuca constante, construindo o depois e na busca do que há de vir.
A racionalização da vida tem que considerar sua formação histórica. Simplificando, pensar o presente implica em entender o que já fizemos ao longo do tempo. Se nos conhecêssemos melhor, saberíamos agir com mais racionalidade diante do que pretendemos manter e mudar.
O presente é o tempo importante, mas ele é a contínua condição do passado que se constrói a cada segundo e o presente que se desmancha a todo o momento.
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