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O nascimento da Antropologia I

A formação da Antropologia enquanto campo de conhecimento tem seus primeiros passos na expansão ocidental. No início do que denominamos “Grandes Navegações”. O encontro dos “ocidentais” com uma grande quantidade de nações, inicia a especulação sobre quem seria estes “estranhos”.

O domínio que a Europa exerceu sobre inúmeros povos após as conquistas e colonizações acabou por ampliar as descrições sobre os povos que habitavam os mais variados territórios.

O ambiente, o hábito alimentar, as características físicas, seus comportamentos, eram objetos de constante análise. Porém, qual era o parâmetro usado na busca de compreender as civilizações encontradas pelos europeus?

A medida seriam os valores do próprio ocidente.

Em primeiro lugar o cristianismo que serviu como “régua” para medir o valor das nações que eram consideradas estranhas. Colocadas em uma escala de julgamento moral e de sua existência como fruto da vontade divina. Quantos povos não foram escravizados ou aniquilados com este discurso?

A expansão europeia sobre os diversos continentes se ampliou ao longo dos séculos. No Século XIX acabou por se consolidar um campo de conhecimento que desejava entender as diversidades entre as civilizações humanas.

Nem por ter um aspecto científico, as teses que deram origem a Antropologia como campo de conhecimento, deixaram de colocar a Europa como o centro do mundo. Os ocidentais como uma civilização superior.

Neste enfoque se destaque Henry Morgan. Um dos clássicos da Antropologia entendia que há uma escala de desenvolvimento que as civilizações devem passar ao longo de sua existência. Nesta escala, no topo dela, se destaca a civilização europeia ocidental. Superior pelo seu grau de complexidade de organização e superioridade nos valores sociais e instituições.

As demais civilizações estariam abaixo da Europeia a partir de uma aproximação com a semelhança do homem ocidental.

A Antropologia só romperia com esta forma de concepção no início do Século XX, quando despontam as teses de Franz Boas e Bronisław Malinowsk. Os dois são fundadores da pesquisa participante e da etnografia como método de análise da organização das civilizações e suas instituições.

Porém, esta é uma outra história que vamos tratar no futuro.

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