Comentários
2 min
Você já parou para refletir sobre ambientes onde a desconfiança reina. Lugares de convivência onde as partes envolvidas temem sofrer um golpe traiçoeiro do parceiro, parceira, do colega de trabalho, do amigo, do chefe ou do funcionário.
No lugar onde deveria predominar o acreditar, impera o desconfiar. Você há de convir comigo que muito pouca coisa progride em um ambiente assim. Não é uma terra fértil para se gerar uma vida ou base sólida para se levantar uma edificação que se deseja duradoura.
Contudo, a desconfiança reina, pelo menos é o que levantou uma pesquisa do Instituto Ipsos, feita em 30 países, com 22.500 pessoas. O Brasil ficou em último lugar, aqui, apenas 11% afirmaram confiar plenamente. Olha que a média mundial é de 30%.
Será que vale a regra que minha sogra sempre defende de que devemos confiar desconfiando?
Se para alguns a desconfiança é condição de segurança, ela em excesso é sinal de falência das relações. Quando o sentimento de estar sendo enganado é maior do que a esperança de que o outro retribua com segurança fazendo o esperado, mantendo o trato, cumprindo o prometido, não há mais espaço para muita coisa.
No ambiente de desconfiança, silenciosamente impera a violência. Começamos a agredir temendo ser agredidos. Mais que isso, agimos de má-fé na garantia de que não nos enganem primeiro. Sendo assim, a desconfiança passa a ser regra considerada e orientação para todos os atos.
Talvez a “lei de Gerson” tenha se cultuado neste ambiente onde sempre se quer levar vantagem em tudo. E o vencedor, o que obtém o glamour da vitória final seja o maior de todos os traidores, alguém em que não se possa confiar. Um mundo de falsos heróis, pessoas inconfiáveis.
Comentários
2 min
Comentários
2 min