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Os casos de feminicídio assustam. A violência praticada por parceiros e ex-parceiros são extremas, muitas vezes a morte. Por que o sentimento de posse sobre o corpo da mulher ainda persiste? Onde se aprende que elas devem se submeter? Em casa.
A família tradicional idealizada nas “propagandas de margarina” não corresponde mais a uma realidade predominante. O destino de se casar como condição natural da vida não se sustenta. Hoje é uma escolha. Assim como a própria composição familiar.
Um dia, a união com o discurso do “felizes para sempre” ou “até que a morte os separe” era o destino. Agora, refazer a vida, romper e estabelecer novas relações são possibilidades. A liberdade de escolha superou a condenação segura do casamento indivisível. Mas nem todos suportam está verdade.
Se por um lado tínhamos a segurança de um “porto seguro”, agora podemos navegar e seguir nosso caminho. Acompanhados ou não. Assim como os outros também tem o direito de ir e vir. Ninguém se obriga, apenas escolhe, deseja. Segue e opta. Deve se responsabilizar pelas consequências da opção.
Mas por que alguns homens consideram que a liberdade da mulher é inaceitável? Na criação dos filhos repousa a resposta. Na herança de valores que não conseguem manter-se no dia a dia. Elas não nasceram mais para reproduzir os valores de suas avós. Porém, a retórica do patriarcalismo persiste e ganha uma “naturalidade” inexistente.
Se queremos romper com a violência contra a mulher, temos que aceitar a liberdade como uma condição para todos. E aprender que a segurança não é a união indivisível, mas o direito de escolher se quer ou não ficar ao lado de quem quer que seja.
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