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Quantas vezes consumimos o que não precisamos? Compramos algo para prevenir o pior e ficamos felizes quando a previsão não se realiza e o pior não acontece. Jogamos dinheiro fora? Não, apenas mostramos que a possibilidade risco existe e temos despesas para que ele seja calculado.
Um exemplo disso é uma fábrica de produtos hospitalárias da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) que aumentou em 65% a produção de máscaras cirúrgicas e pode chegar a o índice de 70% até o final deste mês de março. O fator de ganho é o “medo” que o coronavírus têm despertado.
Dólar em alta e as fábricas chinesas, principal concorrente do setor, não vence atender o mercado interno e abrem espaço para a expansão da fábrica paranaense. Muitas empresas estão vivendo nesta onda e de seus derivados em várias partes do país e do mundo. O mal também é oportunidade.
Na fábrica de máscaras houve um aumento de 35% de contratações, duas novas máquinas foram adquiridas e o trabalho agora é de três turnos. O empresário afirma que ao perceber a propagação do vírus percebeu a oportunidade e já aumento a produção. Mas, toda esta euforia é sazonal. A gripe vai passar.
A atenção ao que o mercado pede também tem sua previsibilidade momentânea. Não acreditar que tudo é para sempre. Entender os investimentos de médio e longo prazo e o que é imediato. Neste caso a males que vêm para bem. Supre-se uma necessidade da sociedade e isso tem um preço. O futuro mesmo está na solução da doença e na prevenção. Na economia a mesma lógica.
O que é mais duradouro merece nossa atenção, podemos não perder a oportunidade de lucrar com uma “desgraça” momentânea. Porém, da mesma forma que a gripe passa a euforia do lucro do medo também. Logo, a lição é simples, economias estáveis vivem de prevenção ou de demandas de longo prazo. Quem vive do medo e nele se sustenta tem vida curta assim como o que assombra a vida das pessoas.
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