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Nasci aqui, assim como outros, tantos outros vieram ficaram, alguns, muitos, passaram por aqui, ficaram um tempo. Maringá é feita de gente. Não podemos esquecer isso. Ela é fruto da migração. Da busca de algo melhor. A cidade foi resultado do sonho de muitos, também do descaso de alguns e da falta de opção de outros. Mas inegavelmente, a cidade deu certo.
Não sou partidário do ufanismo desmedido por Maringá. Destes apaixonados que de tanto que amam não enxergam os defeitos da pessoa ou da cidade amada. A minha cidade é linda, mas tem defeitos. Tem uma história que não é só de flores, árvores, planejamento e realização. Ela também é mato, acaso e frustração. Por isso, acredito, que deu certo.
Impossível acertar sempre. Errar é a educação para um acerto consciente e mais constante, por mais que nunca permanente. O que fez de Maringá um case, uma exceção, é a capacidade de organização das instituições. De ter feito escolhas. De resistir a decisões que são tomadas por forças maiores e o quanto ela se organiza para não perder o espaço político e econômico que adquiriu.
O que peço aos maringaenses, como eu, que estamos comemorando 72 anos da cidade, é de não esquecer o que ela significa, encontro e possibilidade. Ela, Maringá, tem que ser de todos, pensar em todos. Construir ambientes onde possamos conviver e não nos isolar e excluir.
Considero que o ambiente cultural é o melhor para podermos refletir quem somos, o que queremos e como podemos fazer para termos um futuro melhor. Devemos incentivar a cultura, ela é a melhor resposta. Que os espaços se multipliquem. Maringá se orgulha ou deseja ser uma cidade universitária. Então, para ser, deve construir espaços onde se permita fazer a essência da academia, refletir, pensar e construir um ser humano melhor. Que este seja o maior presente que a cidade tenha hoje e nos próximos anos de uma longa vida.
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