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Liberdade e responsabilidade: querer, poder e dever

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A liberdade é um direito fundamental. Fazer escolhas. Não só aquelas triviais do dia a dia. As fundamentais também, como o que penso, para onde vou, o que desejo manifestar em apoio ou repúdio a determinada ação, reação e ideia. Eu tenho o direito de me expressar. É meu direito ir e vir. Eu quero a liberdade de poder me locomover. 

Mas onde fica o limite a esta liberdade? Onde se coloca um freio na vontade particular que deseja tantas coisas e algumas significativamente nocivas para os demais? Podemos considerar que há um contrato estabelecido entre nós que tem o Estado como guardião. Leis elaboradas por representantes públicos diante das necessidades de acordos onde há discordância. Assim temos garantias, mas limites também.

Contudo e antes de qualquer coisa, há o bonsenso. Aquele fundamental princípio de valor que nos coloca diante da escolha entre poder e dever, mesmo que estimulados por um querer. A capacidade racional e reflexiva de saber as consequências dos nossos atos. Há envolvidos nos meus desejos. 

Esta condição para alguns é mais pesada que para outros. Dependendo do grau de responsabilidade social de sua função e interesse, as consequências dos atos são mais amplas. Por isso, temos que ter cautela com a liderança. Temos que ser cautelosos enquanto líderes. Mesmo na nossa vida cotidiana há consequências de nossos atos.

Os bons seres humanos, com espírito elevado, agem inspirados no sendo de que entre querer e poder há o devo. Quando estes três elementos estão incorporados a ação que chamamos de consciência as leis são menos necessárias. O ato por si reproduz o valor que todos preservam sem serem obrigados a preservar. Agimos e demonstramos com a ação o valor que preservamos. 

Estamos tendo a liberdade de voltar a algumas atividades de forma gradual. Há critérios para a conduta de empresas, instituições e pessoas. Comportamentos que demonstram até onde a liberdade é movida pelo posso, quero ou devo. O uso de máscaras, a manutenção do distanciamento social e evitar aglomeração são alguns dos atos que colocam a prova o grau de consciência de cada um e de todos em suas relações. 

É fácil perceber que muitas pessoas não estão preocupadas em valorizar se “devem”, se firmam mais no “querer” e “poder”. Estão preocupadas com sua vontade imediata, com seus interesses pessoais que podem ser prejudicados e não com toda uma ordem onde sua vida está inserida que pode ser alterada. Claro que não podemos negar que o que nos move são nossos interesses individuais. Mas o grau elevado ou não de nossa consciência e valor se expressa em nossas atitudes. E, em muitos casos, este nível de consciência é muito baixo.

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