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Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), através do Departamento Assistência Econômica e Social (DESA), hoje 3,3% da humanidade está em deslocamento. Indianos e mexicanos são a maior população na busca de uma nova vida em terras “estrangeiras”, 28 milhões de pessoas.
Ocorreu um aumento de 41% de imigrantes entre 2000 e 2015. A grande maioria dos imigrantes estão se deslocando para a Europa. Hoje, no “velho continente” os asiáticos são metade dos estrangeiros. Uma busca por sobrevivência que constantemente se traduz em tragédia. A última ocorreu no dia 24 de outubro, com 39 vietnamitas, em Essex, a 50 quilômetros de Londres.
O deslocamento humano é movido por vários fatores. Quase sempre a saída da “terra natal” não é voluntária. A chamada “mão invisível” que expulsa pessoas está associada a perseguições políticas, religiosas, crise econômica, preconceito e de forma extrema, as guerras civis.
O deslocamento faz parte da trajetória da humanidade. Nele se construiu a histórias das civilizações. Na formação da economia capitalista, mais do que em qualquer outro momento, as migrações se intensificaram. Parte considerável do que se construiu da civilização ocidental foi a conquista movida por deslocamentos. Comércio, conquistas, colonizações, povoamentos e a constituições de inúmeras nações pelo Planeta.
A presença do imigrante já ganhou inúmeras formas e reações. Na formação do Brasil a condição da imigração é nítida, faz parte da formação do povo, a miscigenação. Se expressa na cultura. Não por acaso, a Antropologia Cultura já se apoderou do termo “brasilização”. O que explica o encontro de povos, nações e a formação de uma sociedade construída pelo encontro sem por isso expressar quistos e guetos raciais. Não que se desconsideras as guerras constantes na formação da sociedade brasileira.
Por isso, nos deparamos hoje com um processo migratório intenso. Ele não pode ser visto como um problema em si, mas como uma parte da condição humana. Uma expressão da desigualdade e instabilidade de territórios que vivem em constante conflito ou expressam uma desigualdade intensa. Se temos um conceito de que vivemos o desdobramento de uma “globalização”, independentemente do tempo que ela se processe, podemos dizer que há mais de quinhentos anos, temos que conviver, incorporar e compreender que ela veio para ficar.
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