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A assembleia legislativa do Paraná aprovou em primeira votação o fim do uso obrigatória da máscara. Ainda deve ocorrer uma segunda votação e a sansão do governador. A aprovação foi tranquila, com 45 votos a favor e seis contra. A segunda votação não deve ter problemas e sim a definição de onde o uso do acessória será dispensado.
Mas é a hora de liberarmos o uso da máscara? Infectologistas consideram que a decisão é prematura. Ainda temos um número elevado de casos. Podemos colocar em risco a vida de pessoas, em especial as que frequentam ambientes fechados ou com pouca ventilação.
Fora isso, existe o temor da emergência de novas variantes, como a delta-omecron que pode vir a se propagar e alterar os números de infectados e mortos com virulência. Caso isso ocorra, mais frustrante que continuar usando a máscara e manter a sensação de perigo é tirá-la e ter que colocar porque erramos na decisão.
Por isso, a decisão de descartarmos o uso de máscara é uma ação precipitada. Desejamos algum acalento, alívio, sensação de superação, mais do que a verdade dos fatos. A medida é estética e permite aliviar o peso da responsabilidade que cada um tem sobre os atos que preserva a vida de todos.
Vivemos o tempo da ambientação do desejo e não o enfrentamento de problemas. O irônico é que o poder público que deve preservar a vida das pessoas faz política da fantasia generalizada. Alivia o uso da máscara para manter o sentimento de superação. A preção da opinião pública governa, por mais que sustentada no senso comum e no erro, uma medida de saúde pública.
Se faz política em um momento como este para se ter o apoio do eleitor. O fim do uso obrigatório da máscara é precipitado. Porém, é um ato esperado. E o poder atende ao cidadão mais pelo seu desejo do que pela sua necessidade. Um ato típico da sociedade que estimula o impulso e transforma à vontade em necessidade.
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