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Um professor de História faz críticas ao atraso na compra de vacinas pelo governo Bolsonaro em uma aula sobre o iluminismo e liberalismo. No meu da exposição uma aluna rebate o professor e defende o atual presidente. O professor revida fechando o microfone. A aluna gravou a censura e o vídeo viralizou. Esta é uma típica demonstração dos riscos de partidarização da escola? Não!
O que temos aqui é falta de educação mesmo e perda no foco do ensino. Afinal, não é um problema de doutrinar alunos, mas de impedir a reflexão. Como muitos fazem no dia a dia, quando encontram uma ideia oposta, uma forma de compreender um mesmo fato, algo diferente do que deseja, e simplesmente, como se diz na atualidade, “cancela”.
Nós estamos acostumados a “cancelar” pessoas, há eliminar o que nos incomoda. Da mesma forma que se faz nas empresas, nas amizades, nos ambientes de serviço, nos espaços públicos ou privados que se frequenta, intolerância. Este é o problema, a doutrinação que cada um deseja fazer sobre os outros.
O mundo fica mais chato quando se deseja um padrão de pensamento, uma única forma de se entender a realidade e a maneira autoritária de se impor uma ideia ou observação lógica sobre algum fato, personagem e valor. Me cansa a tolice, a falta de respeito e a pobreza humana dos que não sabem diferencia diversidade e ideologia partidária.
A mesma lógica de quem desliga o microfone por temer perder a autoridade é a mesma daquele que considera que todos que se opõe a ele são radicais de direita neonazistas e ou são comunistas radicais vermelhos. Há uma imensidão de posturas e ideias antes de se chegar neste extremo, mas para os míopes, mal compreendem sua pobre vida, é melhor simplificar para não se perder na ignorância.
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