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Estamos sempre discutindo a “escola sem partido”. Há o projeto que deseja evitar que ocorra a partidarização dentro de sala de aula. A intenção é impedir que professores usem a profissão para cooptar alunos para determinada tendência ideológica. Objetivamente, que se propague a visão marxista de esquerda.
A educação tem um papel importante na formação das pessoas. Se não tivesse, não estávamos preocupados com a partidarização em sala de aula. Não estaríamos debatendo meios de evitar que o conteúdo seja abandonado para se gastar tempo com a politização.
Considero, porém, que antes de discutirmos a partidarização das aulas, da utilização do tempo de ensino para o doutrinamento ideológico, devemos discutir a condição de trabalho da maioria dos professores brasileiros na rede pública de ensino.
Hoje, entre os alunos de 15 anos, menos de 4% desejam ter a docência como profissão. Baixos salários e falta de reconhecimento social são os principais motivos da rejeição a docência. A marginalização profissional é um ambiente favorável para fazer crescer as visões vitimistas e carregadas das teses de exploração. Um campo fértil para semente marxista.
Logo, se tivermos uma valorização profissional fundada na competência, no potencial produtivo do professor, dermos a profissão o prestígio que merece. Logo, naturalmente o vitimismo se esvazia. A realização individual se eleva e o professor passa a perceber que a eficiência e recompensa coloca por terra a partidarização.
Fico imaginando se vamos um dia entender que o valor da escola deve ser refletir no privilégio do profissional. Desejamos o comportamento imparcial, mas não qualificamos e valorizamos o profissional. Ao desejarmos superar a partidarização da escola, devemos ter a escola como um partido. Como apoio constante.
Logo, a partidarização da escola tem uma relação direta com o abandono e desvalorização do professor e, mais ainda, da educação.
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