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Desde o princípio da existência da espécie humana o deslocamento é uma constante. Por que se migra? Pela busca de sobrevivência, por consequência de um crescimento demográfico ou de guerras tribais. Muitas vezes, tudo isso conjugado.
Segundo Hans Magnus Enzensberger, as migrações são uma constante em que nem sempre é voluntária. Já vivemos ao longo da história as migrações em busca de uma vida melhor. Já fizemos migrações forjadas pela escravidão.
Muitas nações foram forjadas dos deslocamentos. Aquelas que resultaram das colonizações promovidas pelos estados nacionais europeus são as mais conhecidas. O Brasil está no rol das que nasceram dos desdobramentos do colonialismo europeu.
Ironicamente, estes colonizadores tiveram seus filhos, netos, bisnetos que um dia quiseram fazer o caminho de volta, nem sempre aceitos. Os colonizados tentaram traçar a linha da colonização no sentido inverso, pensaram ser uma via de mão-dupla, perceberam que não.
Irônico falar francês na África e não poder viver na França. O português passou a ser uma língua falada em muitos países, mas nem por isso o lusitanismo lhe pertence como um direito. O inglês e espanhol tem a mesma lógica.
Ironicamente, hoje, as migrações continuam seu curso, mas gerando conflitos constantes e incertezas. Se por um lado não parece ter fim a busca por um eldorado ou um paraíso terreno, que na maioria das vezes só existe na imaginação de quem migra, o inferno dos conflitos que gera são uma realidade.
O estrangeiro nunca é bem vindo, principalmente quando espelha as nossas desgraças. Ainda o qualificado, com perspectiva de crescimento e renda é integrado facilmente e em pouco tempo ganha a identidade de nativo.
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