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Desemprego machuca e quando dura muito tempo chega a nos convencer da nossa incapacidade de ingressar no mercado de trabalho. Os efeitos colaterais são imensos, prejudicando as relações pessoais. Parece que somos inúteis. Fadados ao fracasso.
Hoje, a maioria dos desempregados são mulheres jovens, dois terços. Elas estão na faixa de idade entre 19 e 28 anos. Os com mais de 50 também são uma fatia expressiva do bolo do desemprego. Ainda mais se não tem qualificação. Dos desempregados 80% só tem o ensino médio. Os dados são da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia.
Ter o Ensino Médio não significa dominar todo o conhecimento que esta titulação expressa. A grande maioria dos desempregados não domina plenamente a língua portuguesa e matemática. O que dirá outras áreas de conhecimento. Não generalizando, sendo poucas as exceções.
Vale lembrar que quanto mais desqualificado, mais tempo desempregado. Entre os mais jovens e do sexo feminino, há um desemprego que se arrasta por mais de dois anos. E quanto mais o tempo passa, mais difícil a inclusão no mercado de trabalho.
Segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), 29% da população é analfabeta funcional. O que significa que não saberia se qualificar ou estar preparada para aprender operações básicas do trabalho. A qualificação é um obstáculo imenso.
A leitura que deveria ser o carro chefe da superação do analfabetismo funcional e permitir a população um acesso a conteúdo fundamentais para se aprimoramento, também não é prática comum. O número de leitores está diminuindo no país. Entre 2015 e 2019 foram perdidos mais de 46 milhões. Pessoas que abandonaram o hábito de ler. 52% dos brasileiros têm o hábito de ler mais de quatro livros por ano. O que é pouco.
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