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Depois de perder tudo, o que resta?

Boécio foi um filósofo da decadência do Império Romano e formação dos reinos Bárbaros. É considero um dos maiores responsáveis pela preservação de parte do pensamento aristotélico na Europa. Um estadista e teólogo.

Em sua vida tem altos e baixos, exatamente nesta ordem. Foi um dos principais influentes no Império Ostrogodo, governado por Teodorico. Acumulou riqueza e poder. Contudo, o final foi trágico.

Acusado de traição, Boécio foi preso, torturado e executado, dizem que espancado e decapitado, uma morte que cá entre nós, não era bem o que ele esperava.

Mas, antes de ser executado, o filósofo viveu no cárcere, onde teve tempo para fazer a sua principal obra filosófica, “A Consolação da Filosofia”. Que engraçado, o melhor de nós sempre brota de nossos momentos mais difíceis.

Quando estamos no apogeu, na vida farta, na farra da existência, emerge nossa parte mais abusada, excessiva e desgraçada. A mesma que nos promove os excessos que nos leva a morte. E antes de morrer, na quele entremeio da ressaca do abuso e a angústia do próprio fim é que emerge, para muitos, a consciência.

E no caso de Boécio ela veio em forma de filosofia, na busca do significado da existência. Que para ele, temos que conhecer a natureza, conhecer a nós mesmos e o sentido da existência para chegar a Deus.

Mas, o que gostaria de destacar em Boécio é uma de suas falas no diálogo alucinante que teve com a Filosofia, que descrevia como uma mulher bela, requintada, mas maltratada.

Segundo ele, a Filosofia teria lhe dito para não lamuriar pelo que perdeu, lamentar a desgraça, entristecer por terem lhe tirado toda a riqueza. Pois, o que ninguém pode tirar de um homem é sua riqueza mais importante, claro, se ele a cultivar, o seu conhecimento, inteligência e sabedoria.

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