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Agora estamos preocupados de quando deve ocorrer o próximo ataque a uma escola. A sequência de ataques, um em São Paulo e outro em Blumenau deixou a sociedade abalada. O primeiro custou a vida de uma professora e o segundo levou a morte de quatro crianças.
Prefeituras em todo o Brasil buscam meios de evitar ataques. Se teme o próximo. Em algumas cidades se quer um policiamento mais ostensivo nas proximidades das instituições de ensino.
Também, há quem defenda que exista um monitoramento nas redes sociais, detectar ameaças, responsabilizar pessoas por conteúdos considerados suspeitos. Deter ataque enquanto as ameaças ainda são virtuais. Ou seja, vamos viver em um ambiente de tensão. Temendo sempre qualquer fala que nos reporte a um possível agressor.
Até que ponto, e a história está cheia de exemplos, nós não vamos ficar “caçando bruxas”, cairemos na neurose da perseguição extrema.
Será que todas as medidas geram segurança?
Enquanto alternativas imediatas nos dão uma sensação de que algo está sendo feito. Porém, o fator que pode determinar o crescimento desta onda de violência é saber que os agressores, aqueles que atacam estabelecimentos e atacam pessoas inocentes, expressam suas intenções na vida doméstica.
Temos que aceitar que os agressores têm uma vida comum, estão dentro das casas, no ambiente doméstico, tem pai e mãe ou tem filhos. Os alucinados precisam ser reconhecidos não pela anormalidade, mas pela proximidade dos hábitos com as pessoas comuns.
A qualidade das relações domésticas podem ser a melhor reação para contar os alucinados. Eles não estão do portão para fora, eles vivem entre nós. São as nossas convivências diárias, ou a ausência delas, que promovem um ambiente fértil para o personagem agressor.
O que gera nossos grandes problemas não são os elementos destacados do dia a dia. O inimigo mais perigoso não se declara abertamente, dispostos a nos atingir em local e hora marcada. O nosso pior pesadelo repousa na nossa intimidade, muitas vezes embaixo do mesmo teto.
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