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Sou um defensor da democracia, gosto da pluralidade, do debate, da diversidade e, principalmente de aprender com o contraditório. Tem que existir a negação de nossa posição para entendermos a dimensão do que acreditamos, somos e agimos. A unanimidade é burra. Se todo mundo concorda com alguma ideia ou com uma determinada pessoa, há algo errado na concordância e desconfie.
Logo, discordar não é o problema, nunca será, é da discordância que se constrói a sobriedade, através dela se chega mais próximo a verdade e a melhor solução. A democracia pode ser morosa no ato, mas é forte na decisão.
O grande problema da atualidade é a dificuldade do diálogo. Isso incomoda, e muito. Confesso que temo dar minha opinião. Temo a reação agressiva das pessoas e a forma como alguns encaram a discordância. Confesso que já vi surtos e posturas agressivas por quem teve que encarar uma oposição de ideias ou de escolhas políticas.
Crianças mimadas e birrentas não gostam de ser contrariadas. Mas, democracia não se faz de cidadania infantil e sim de maturidade. Coisa rara de se encontrar hoje em dia.
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