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Um Brasil dividido é a realidade que convivemos já há tempos. Não considero isso anormal. Muitos criticam a divergência. Ela é, ao meu ver, a melhor forma de avançarmos, saber que há sempre opções e visões distintas. Porém, o que nos permite repensar os atos é o direito de expressão e escolha, isto não pode acabar jamais.
Temos o direito à informação sobre os números de uma pandemia ao mesmo tempo que temos o direito à informação sobre qualquer ato do governo. Porque a transparência é fundamental na gestão pública, em qualquer sociedade. Não dizem que “a verdade vos libertará”? Eu quero a verdade mais do que os missionários que a pregam.
Gostaria tanto de saber os números de pessoas que realmente estão infectadas no Brasil e quantos leitos temos ou não temos disponíveis, quanto gostaria de saber se o presidente interveio e vai intervir na Polícia Federal. Tenho o direito de saber se os filhos do presidente estão envolvidos em fake news tanto quanto quero saber se é fake ou não as informações sobre recursos do governo, gastos e investimentos em uma sociedade marcada pela pandemia.
Nós temos o direito de saber.
Porém, também sei, que para uma democracia se manter a transparência da informação tem que encontrar uma população capaz de entender o seu papel. O cidadão bem informado deve ter boa formação. Qualidade humana para assumir a sua responsabilidade e reivindicar seus direitos.
Não basta apenas a informação disponível à frente de nossos olhos. É preciso enxergar e entender o que se está vendo. As aparências enganam. Há uma essência, uma lógica. Não adianta um “mar” de informações se quem nada é ignorante e ignora.
Muitos criticam as empresas de informação, os órgãos de imprensa, que fazem um trabalho sério de informar o fato e não divulgar o fake. Realmente o pior cego é o que não quer ver. Tem muita gente que se nega e muitos que não enxergam.
Logo, diante de tantas “crises” passageiras, pandemia, economia e política, a pior delas é a ignorância. Ela está a muito tempo entre nós e não dá sinais de que vá passar. Logo, para enfrentar um problema devemos sempre buscar a melhor saída. Temo que por ignorância ela exista e não sejamos capazes de enxergar.
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