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Entidades estão se reunindo para discutir o pós-pandemia. A grande questão que muitos estão em busca de resposta é “como será o futuro?”. O que fazer para recuperar a economia e a sociedade abaladas pelo coronavírus? O problema da pandemia não acabou, mas as questões econômicas e sociais estão postas e expostas. Como lidar com isso?
É no passado repousam os melhores caminhos para responder sobre o futuro. O que nos espera pode ser respondido com as experiências que tivemos. Muitos podem considerar que nunca vimos nada assim, porém, o que somos foi construído ao longo do tempo e em um momento de crise é o que temos para enfrentar o problema.
A forma como vamos superar precisa apenas de uma questão preliminar, vamos querer continuar remediando? Porque o que fizemos até agora é o de sempre, usando pessoas desqualificadas, pensar sempre em curto prazo, olharmos para os problemas e buscarmos soluções importadas, superficiais.
Será que temos um projeto de permanência para o futuro, sólido, que seja capaz de suportar as crises que virão. Sejam elas quais forem? Realmente seremos outros depois que tudo isso passar ou vamos continuar demonstrando nossa pobreza intelectual e nossa mesquinhez casual?
Vamos pensar de forma sistêmica ou localizada? Teremos a mesquinhez de valorizar o interesse de alguns poucos, por mais que dependemos de muitos, ou vamos fazer um projeto global de longa duração? Queremos respostas a inúmeros problemas que já tínhamos antes e que se agravaram com a pandemia, ou vamos ignorar isso?
O que precisamos é a construção de um projeto de inclusão econômica e social. Qualificarmos os brasileiros. Não só a educação, que por sinal, até agora, está em um apagão. Saúde pública, saneamento básico, locomoção urbana, eficiência de comunicação e inovação.
Trabalharmos mais com a prevenção do que remediação. Parar com extremismos idiotas que nos colocaram diante de líderes precários. Escolher pessoas qualificadas e não oportunistas e popularescos que falam o que se quer ouvir e não se faz nada do que precisa. Isto não vale só para os governos, vale para as empresas, para a vida e até para chefes de família. Valorizar quem merece e não a estupidez oportunista.
A receita para sair da crise não é complicada, é só resolvermos os problemas de sempre. Eles nunca deixaram de existir, só ficaram mais evidentes e são os responsáveis pela nossa dificuldade de nos refazer.
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