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Como somos “tentados pela inocência”

Toda ação tem reação

Há consequências. Os nossos atos geram efeitos. E, entre nós, os que são capazes de compreender e projetar com mais racionalidade lógica as consequências dos seus atos exercitam a escolha com mais consciência.

Porém, tudo o que fazemos, tudo o que desejamos, nós somos capazes de dimensionar as consequências? E há uma preocupação em não afetar de forma negativa a vida das pessoas com nosso comportamento? Se há preocupação, ela se sustenta em valores éticos?

Relacionada diretamente com a liberdade está a consequência de nossas escolhas. Porém, em quais valores se sustentam o que escolhemos e os motivos que nos fazem escolher? Logo, o peso de escolher é proporcional aos efeitos que teremos que assumir sobre o efeito gerado. 

A infantilização do adulto diante da escolha

Mas, estamos infantilizando as escolhas e simplificando a lógica das consequências.

Agora, nestes tempos, há uma tendência em simplificar as consequências lógicas e buscar isentar os responsáveis pelas consequências. O que Pascal Bruckner denomina de “tentação da inocência”. Como é sedutor ter os mesmos direitos das crianças. 

A imaturidade foi estimulada ao longo das últimas três décadas. Se confundiu o amor com evitar a dor daqueles que precisam sentí-la para valorizar a busca da superação. O sofrimento já foi o estímulo para a superação, agora, pode ser a justificativa para a condenação. 

O derrotado exige a inclusão para evitar a derrota e o vitorioso é rebaixado desrespeitando sua conquista. É fácil perceber em quase todos os ambientes o quanto a desqualificação já não é mais o motivo para a limitação das pessoas a estarem onde não deviam. 

No banco dos superiores os inferiores são tratados como iguais

As faculdades estão lotadas dos desqualificados que frequentam a sala de aula na condição de vitoriosos sem que haja mérito algum. Reclamam da falta de qualidade da educação fundamental e média, mas são os mesmos que saborearam a ausência de rigor se lambuzando de indolência em relação ao compromisso de estudar. São fãs da lei do menor esforço, mas colocam a culpa sobre ela e a acusam de todas as suas consequências.

Porém, voltando ao começo, não temos uma participação através de nossas escolhas? Não sabemos mediar as consequências de nossos atos? 

Será que parte dos problemas que atravessamos na atualidade são falta de consciência e de responsabilidade sobre nossas escolhas?

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