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Em Maringá, a Secretaria de Mobilidade Urbana aplicou mais de 150 mil multas através dos ratares de controle de velocidade instalado na cidade. Os dados são de janeiro a outubro. Mas os ratares começaram a registrar muitas a partir de fevereiro. São muitas ou poucas as multas?
A cidade tem um grande número de veículos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Maringá tem quase quatro carros para cada cinco habitantes. A população de mais de 417 mil pessoas tem 322.117 veículos. Logo, não é de se surpreender que o número de infrações e mesmo acidentes seja a altura dos números de pessoas e carros. Uma reportagem no Portal GMC trata do tema: http://www.gmconline.com.br/noticias/cidade/maringa-tem-quase-4-carros-para-cada-5-pessoas
Porém, e vale lembrar, que as vias públicas de Maringá têm condições de planejamento e manutenção em uma média acima da nacional. Nascendo planejada, com vias largas, a cidade apresenta problemas de convivência entre pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas.
Os radares ajudam a controlar a velocidade, evitar acidentes, mas eles são uma remediação diante de uma realidade que tem que mudar. No sentido inverso, o uso do transporte coletivo cai ano a ano. Nos últimos dez anos foram 30% de queda, segundo a Confederação Nacional dos Transportes (CNT).
A busca de alternativas para a mobilidade urbana deve ser implantada pelo poder público. Agilizar a circulação de veículos e garantir segurança. Reduzir os custos da mobilidade. Até mesmo, pensar em médio prazo, um transporte coletivo sem custos para o contribuinte. Atrair as pessoas para modais mais seguros e menos poluentes. Meios de transporte que ocupem menos espaços nas vias públicas e no solo urbano de uma forma geral.
Não adianta reclamar do número de multas, do custo do automóvel. Apenas são formas de demonstrar que a manutenção do veículo a motor particular tem um custo elevado e sua grande quantidade é um problema para a vida urbana.
Uma política eficiente de mudança dos hábitos de deslocamento urbano deve ser aplicada com mais ênfase. Mesmo que descontente alguns, mas será um benefício a todos em médio e longo prazo.
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