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Tragédia anunciada, mas sempre começa pela intenção precária e imediata. Esta frase tenta resumir o que acontece constantemente com quem tem vídeos com cenas íntimas publicados na internet. A vida muda drasticamente para quem é protagonistas destas imagens de intimidade que se transformam em um espetáculo público.
Os envolvidos são jovens, alguns, muitos, menores de 18 anos. Mas a questão da idade é irrelevante na análise. O que deve ser considerado é a mentalidade infantil, ingênua. Esta mania de poder brincar de adulto sem ter maturidade para tanto. Os smartphones, celulares, tablets e câmeras digitais estão a mão, prontos para flagrar a intimidade. Mas qual o limite entre o privado e o público?
Nos casos em que as imagens de nudez e sexo que chegam a rede mundial, os que se expõe não tem a dimensão sensível dos riscos que estão correndo. Muito menos do alcance que o conteúdo que se pretende íntimo pode alcançar ao entrar na “rede”.
Porém, há um ingrediente que antecede estas questões, é o ser humano que produz o fato. O jovem apaixonado pelo seu corpo que já não sabe separar a emoção da exposição apetitosa da estética idolatrada. Quantos jovens não tiram fotos de si mesmo e expõe constantemente nas rede sociais. As academias estão lotadas, os energéticos consumidos em grande quantidade, na proporção em que as mentes se esvaziam de racionalidade.
Saúde é associado ao abuso do físico. O amor virou o sentimento superficial de posse do corpo alheio ou se deixar possuir em nome da autoestima fantasiosa do culto físico. E quem considerar que há qualquer semelhança com o culto grego ou romano ao corpo só é coincidência, se é que ela pode ser feita. O vazio gera riscos nesta aparência carregada de desejo instintivo. Um risco brincar de adulto, sendo criança, e se expor sem ter capacidade de suportar as consequências.
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