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Armas: proteção ou violência

O presidente Jair Bolsonaro facilitou o acesso de uma série de profissões ao porte de armas. Também ampliou a quantidade de munição a ser comprada e a permissão de menores praticarem aulas de tiro. Uma promessa de campanha que agora foi cumprida. No Congresso haverá oposição, a busca de analisar se há inconstitucionalidade na medida.

Para o presidente da república a intenção é garantir a proteção para profissões de risco, garantir a segurança de quem está exposto a violência. A busca de armar é proteger. Assim, Bolsonaro justificou sua ação. Conter a violência, segundo ele, passa por armar o “cidadão de bem” que está exposto a criminalidade ou trabalha em áreas de risco.

A questão do armamento é polêmica. Resvala na interpretação da ação criminosa e como se pode dar proteção as pessoas que são vítimas de uma violência sem ter condições de reagir. Mas a reação gera resultados positivos, na maioria das vezes? A resposta é não. Toda a reação provoca a ação extrema de quem promove o crime, o delito. Tanto que os casos bem-sucedidos de reação viram notícia, tamanha a raridade. Já os assassinatos são uma constante.

Vale lembrar que os homicídios, em sua maioria, estão ligados ao tráfico de drogas. Raros são os que morrem foram da relação com o uso e comércio de entorpecentes. Um mundo em que a violência é anunciada.

Outro elemento a se refletir é o uso da arma por quem a transforma em um argumento imediato de discussão. Até que ponto aquele que terá acesso a arma irá usá-la apenas para se defender, garantir a sua segurança profissional ou integridade pessoal? Quantos irão usar das armas como forma de resolver suas pendências e promover a morte de quem é inocente?

Talvez, a medida do presidente da república busca algo e acabe levando a outro.

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