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Perder faz parte, sempre fez. É exatamente por isso que o vencedor é único e os demais competidores são a testemunha de que o sucesso não é para todo mundo. Porém, há sempre uma nova competição, estamos em disputa permanente, e buscar vencer é parte do jogo.
Logo, a vitória não é o sentido da concorrência, mas a condição que a faz existir. Na busca do que desejamos há a presença de outras pessoas, e isso demonstra que nem tudo será para todos. E repousa exatamente aí o que fará alguns se diferenciarem dos outros.
O aprimoramento do ser humano está na busca frenética de se chegar onde deseja competindo com outros seres humanos pela mesma condição ou espaço. Ficamos melhores para não repetir os mesmos erros, aprimoramos porque perdemos.
O grande problema da derrota é o quanto a cultuamos como o resultado final. Ela não é vista como uma etapa necessária, mas transitória. Efetivamente, a melhora é o objetivo de competir, vencer é apenas a aprovação temporária do que deu certo. Aprimorar é o sentido de buscar o mesmo que a concorrência. Ser melhor hoje do que fomos ontem é o que dá sentido a existir.
Porém, sempre há quem diga que há aqueles que quase sempre vencem, e é verdade. Contudo, continuaram vencendo se não nos aprimorarmos. Se a supremacia vira decreto e se transforma em uma aparente “lei natural”, não vamos nos aprimorar e o outro irá perpetuar, mais que sua vitória, nossa eterna derrota.
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