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O que nos faz cometer erros e enganos? Você pode me dizer que é desconhecimento, ignorância. Não conhecemos as pessoas com quem estamos lidando e por isso, caímos na lábia, na conversa mole ou no chamado “canto sedutor”. Quem já se decepcionou com este tipo de engano jura nunca mais cair nele novamente. Mas, cai. As vezes de maneira crônica.
O hábito de ser enganado se multiplica tanto em uma vida, em um relacionamento, que aquele que engana já age com a má intenção. Pretende enganar. Sabe que o mal que faz não será condição derradeira para acabar com o relacionamento enganoso. Quem mente por muito tempo se transforma no profissional da mentira. Por isso, político e mentiroso é quase um sinônimo.
Lembro-me de planos econômicos, privatizações, segurança e auxílios emergenciais, preço de combustíveis, enfim, inúmeras promessas não cumpridas. Como nos relacionamentos amorosos que se multiplicam os atos de traições e mentiras, juras e pedidos de perdão, promessas de não fazer novamente, e a prática que se repete constantemente.
Por mais que quem engane tem culpa, por fazer com má intenção, aqueles que são enganados também tem. As chamadas vítimas do enganador, não se dedicam a conhecer melhor os enganadores, a compreender que é uma prática constante e que é necessário não se deixar mais enganar.
Nossos problemas crônicos, aqueles dos quais não paramos de reclamar, são também uma condição que tem nossa conivência. Nós também estamos sempre dispostos a esquecer o engano e as veze não damos muito valor as escolhas que fazemos. Desprezo é demonstração de não desejo e desvalor.
Se queremos ter méritos e exigir mudança em nossa vida, a primeira coisa que temos que fazer é romper com nossos enganos e aprender com nossos erros. Demonstrar que não estamos mais dispostos a sermos enganados. Rompermos com o hábito de sempre perdoar a quem nunca respeito o nosso perdão.
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