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A opinião dos outros importa?

Os outros são nossa medida.

Vivemos o dilema da convivência. Quem são os outros em nossas vidas? Claro que o ponto de partida para responder a esta questão é demasiado simples, diria simplista, se partirmos do sentimento que estabelecemos pelas pessoas. Tem quem nós gostamos e não gostamos. 

Nossos sentimentos em relação aos outros é base suspeita de julgamento. Somos seres comprometidos com algumas falsas certezas e incertezas. Somos convencidos por lógicas distorcidas e, parte considerável delas, sem fundamento. O que denominamos de senso-comum.

Quem julga pelos senso-comum corre um sério risco de distorcer a realidade ou não dar a ela a dimensão necessária para compreendê-la melhor. 

O grande risco é que na vida gostamos do que se explica pelo senso-comum. É mais fácil de entender e não requer uma reflexão sobre si mesmo.

Erros que se repetem.

Bom, mas o que estamos falando é sobre a opinião dos outros…

Nossas experiências com os outros são diversas. Conhecemos os mais diferentes perfis ao longo da vida. Pessoas que se relacionam conosco nos contextos mais diferentes e em tempos e perspectivas distintas. Por isso, cada um é cada um. Há que se considerar o contexto.

Contudo, há uma questão que merece sempre ser analisada, por mais que viva inúmeras experiências, há aquelas que denunciam em mim um comportamento, um hábito, uma maneira de agir e ser constante. O que se repete em todos os relacionamentos, independente do contexto, lugar ou condição. 

Neste momento estou diante de uma prática que tem e deve ser analisada, exige uma autorreflexão. Este “grito” dos “outros” que é lançado sobre mim exige reflexão. Este comportamento denunciado nas inúmeras convivências pode ser benéfico ou maléfico. Pode ser um defeito grave que tenho dificuldade de assumir, ou me nego a isso. Não negue, aceite. 

Este perfil constante da relação com os outros costuma ser denunciado em praticamente todos os lugares que frequentamos. Não tem como compartimentaliza-lo. Não se dará em minha vida pessoal de uma forma sem ser percebido na minha vida profissional. Neste sentido o ser humano é único. 

Enquanto pai, mãe, filho, filha, esposo, esposa, namorado, namorada, amigo, amiga, colega de trabalho, companheiro de uma partida de vôlei, tênis, seja lá o que for, você será único e mostrará quem é. 

Somos os mesmos o tempo todo.

Lembro-me de um ditado, de que podemos enganar poucos por muito tempo, muitos por algum, mas não todos ao mesmo tempo. Não podemos estar ausentes de quem somos nas relações que estabelecemos. Temos que ser autênticos naquilo que fazemos tendo consciência de quem somos. 

Logo, se nas minhas relações há a denúncia de que sou um “chato”, devo tentar buscar uma maneira de refletir sobre isso e a necessidade de mudar minha chatisse. O que os outros falam sobre mim pode não ser verdade, mas se há algo que falam constantemente, pode ser minha resistência em enxergar a verdade diante dos meus olhos. 

Por isso, seja mais atento ao que os outros dizem de você. Muito do que se fala pode não ser verdade, mas há muita verdade naquilo que os outros experimentam na convivência conosco que negamos a aceitar. Principalmente quando se repete em tempos, lugares e contextos diferentes. 

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