Comentários
2 min
Sorrir e mostrar ser feliz, parece regra nas redes sociais. Uma self tirada para que todos vejam o almoço maravilhoso com pessoas alegres e boa comida. As festas com sorriso e sedução, os passeios magníficos, minha vida é um “sonho” para quem me acompanha nas redes sociais.
Para simbolizar esta vida perfeita está a foto de perfil, tirada no melhor momento. Quando a natureza não ajuda na construção da estética perfeita, os dispositivos móveis, celulares e smartphones em especial vem com uma pilha de ferramentas para que resolva o problema. Filtros inúmeros acompanham os editores de fotos que pode mudar o resultado final.
Nesta mentira publicada a verdade não é importante, mas aquilo que se passa como vaidade. Por sinal, a vaidade é o maior pecado. Ser o que não se é para se fazer crer o que se quer ser. Posso fugir de mim e construir um eu falso, uma interpretação diária, eu só não posso escapar da morte.
Ela é um fim necessário. Viver eternamente destrói por completo o que tem temos de mais humano, o sentido da vida. Ser eterno destrói qualquer valor que temos para viver. Nada orientaria a vida de uma pessoa que por viver eternamente nunca chegaria a lugar algum. Morrer é uma necessidade de renovar. Isto vale para a morte física e para aquilo que temos dentro de nós como hábitos e valores que destroem lentamente o sentido da vida.
Quando desesperados muitos não querem que o tempo fique expresso em seu rosto e que todos descubram que sua vida é como a de tantas pessoas, alegrias inconstantes e tristezas frequentes, denunciamos ainda mais nossa fragilidade diante da vida. Que bem vivida, em suas diversas fases, tem um fim.
Comentários
2 min
Comentários
2 min