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Nos deixamos levar pelas nossas paixões. Ah, elas nos encantam. A vida brota dos sentimentos com um fulgor inigualável. Intensa, embriaga. Bêbados, agimos descoordenados. Praticamos os atos pulando de emoção em emoção. Ora choro, ora alegria, as duas sem propósito. Mas, a vida é isso?
A raiz do problema de agir, a dúvida que nos consome, se resume em um texto de Sêneca sobre a conduta de Aristóteles, que se negou a castigar o escravo quando estava com ódio, com ira. Preferia fazê-lo quando o sentimento extremo tivesse passado. Argumenta Sêneca, “quantos de nós tem este autocontrole?”, quantos de nós não se deixa levar pelas paixões.
Parte considerável de ações que nos arrependemos é fruto desta paixão ou ódio, da ira ou desejo intenso. O momento em que mais nos deixamos levar pelo sentimento é quando consideramos que devemos reagir e confundimos com agredir. Reação não é ação imediata, não é instinto exclusivamente, não ato imediato fundado no sentimento que tem vem na primeira hora. A segunda pode ser melhor amiga.
O sentimento intenso é como abutre, sempre chega primeiro, é amor da desgraça e apaixonado pelo caos. E isso, “cá entre nós”, não será boa resposta a nada.
Reflita melhor antes de agir. Retornando a Sêneca, filósofo romano, triste do ser humano que para ter coragem precisa ter ira. Na prática, ele troca a coragem pelo sentimento instintivo por não ter capacidade de entender e administrar o próprio sentimento. Pense nisso!
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