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A ignorância existe, mas não é normal

Vamos aceitar uma coisa, as pessoas são como são e pronto. Pode parecer uma frase óbvia, mas, não é tão óbvia assim.

O ser humano é “bicho estranho” e caminha em manada achando que sua vida é única. Vai na onda. E quanto mais desinformado, a manada se move pelo puro instinto. Sem pensar para onde se vai, mas enxergando o caminho como a melhor alternativa.

Por isso, as igrejas estão cheias. Quantos são fiéis e quantos ignoram o que se prega,? Os crentes acomodados apenas seguem a regra dos dogmas profetizados pelo líder.

Falando em líderes religiosos, nem sempre responsáveis e dignos da função.  Os “fiéis” fazem o que ele manda para não ter que gastar o tempo para questionar o que está certo ou errado. Se é que o líder religioso é um bom exemplo.

Logo, a vida se mede pela própria existência e com uma régua curta. Se quer medir a profundidade dos fatos, encontrará poucos com capacidade para isso.

Predomina os que ficam com a aparência. A essência exige demais de quem tem pouco repertório para compreender. É por isso, que em uma discussão por algo tolo alguém perde a vida de bobeira. Exatamente pelo mesmo motivo que você perdeu amigos e ainda perde pelo debate pobre do radicalismo político.

Também, este mesmo raciocínio raso faz a pobreza artística ganhar mérito e aquilo que expressa mais qualidade e complexidade ser considerado inútil. Veja os que invadiram a sede dos três poderes e destruíram tudo, o que levou a isso? Porque ninguém que praticou o ato sabe o valor de nada.

Sei, você deve considerar que é difícil aceitar que as pessoas são assim e pronto. Mas são. E nesta condição, há uma quantidade considerável delas.

Da mesma forma, o pragmatismo espoliador faz sucesso. Políticos de repertório pobre, imediatistas e oportunistas ganham eleições e sobem ao poder. A troca de uma cidadania cara por migalhas é tática bem sucedida diante de um cidadão medíocre.

O respeito ao outro é discutido de forma pobre. Em vez de cobrar responsabilidade, as pessoas ficam lidando com os termos falados e não levam em conta os atos praticados.

Por isso, aposte na educação que forma seres humanos além de competências técnicas. Mais que aprender a fazer, precisamos ter noção de onde estamos, quem somos e para que vivemos.

O ser humano é isso aí, mas não temos que nos conformar.

Temos que encarar a realidade? Sim, mas não temos que compactuar com ela só porque é um desafio imenso a ser superado.

Valorize a formação de um ser humano que aprenda a se conhecer, conhecer os outros e a fazer da vida algo melhor. Não compactue com a ignorância. Pagamos todos os dias um preço caro por isso.

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